domingo, 7 de novembro de 2010

Carta Silenciosa.

Confusão.
Não me orgulho de sentir tal devaneio, contudo sentimentos não são domáveis, eles apenas são.
A desilusão paira em meu passado fazendo com que me presente (e futuro) se tornem apenas areais finas que insisto em segurar em minhas mãos, contudo não passa de uma vã tentativa.
A influência do que vivi se torna uma sombra permanente, pesadelo que faz com que me prive da doce loucura que é tão necessária.
Que se quebrem as algemas e que meu coração se torne alado !

domingo, 24 de outubro de 2010

Bola de papel

Bola de papel. O que pode provocar uma discussão maior do que uma bola de papel?
Queria saber onde está escondida a vergonha. Quem sabe talvez debaixo de uma mesa, ou apostaria mais! Dentro dos sapatos imundos daqueles que inflamam uma discussão tão ínfima!
Esta eleição está cada dia mais ridícula! Um querendo desencavar a maior miséria do outro para que assim as porcarias que fizeram sejam encobertas.
Sinceramente, estou em um circo!
Verdade.
Um tentando ser mais palhaço que o outro.
Fecho os olhos e finjo que tudo isso não passa de um programa de comédia! É só mais um programinha que as emissoras passam para distrair a nós, míseros eleitores, afinal de contas aquilo nunca foi política.
Fico extremamente indignada com a falta de pudor com que os nossos ilustríssimos candidatos tratam a nós, seus aspirantes a eleitores.
Pra mim, o Brasil, desta forma só tende a piorar. Qual o melhor concorrente?
Talvez aquele cachorro que está na rua se coçando.
Sim, ele seria um melhor presidente a estes vergonhosos palhaços.
E a bola de papel?
Bem, jogue-a no lixo, mas lembre-se de reciclá-lo ao menos ele pode ser reaproveitável.

"Alguém pode dizer o que é normal? Pode parecer tão natural"

Este tema é o refrão de uma música composta por Jay Vaquer que meu professor de sociologia fez com que escutássemos para debater acerca de um determinado assunto. Era um trabalho que se resumiria apenas a sala de aula, contudo esta frase martelou na minha cabeça durante toda a noite e a única forma de expulsá-la é escrevendo no papel o que a fez se tornar tão persistente em mim.
Partindo da temática do refrão creio que as coisas já comecem a se tornar filosóficas. Por que temos que agir de acordo com um todo se cada pessoa é única? Claro que não estou sendo a favor das pessoas assumirem uma posição de agressão física e moral, mas sim da falta de respeito com relação aos desejos e anseios de outrem, mesmo que seja considerado “diferente do normal”.
É absurdo o fato dos seres humanos não respeitarem uns aos outros. Onde está a sua humanidade? O que o faz distinto dos outros seres? Eu fico extremamente aborrecida e nestes momentos me vêm à cabeça uma frase de Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. Queria tanto que isso pudesse se tornar real. Se tantas pessoas tivessem este pensamento acredito que o mundo seria outro. Respeito mútuo é uma das minhas mais fortes aspirações. Gostaria de viver em um mundo em que liberdade deixasse de ser apenas uma palavra luminosa, e fizesse sentido real e aplicável na vida de todos.

Ouvir, sentir, amar.

A música me tem por inteira. Eu diria que sou irremediavelmente apaixonada por ela.
Sublime amor. Amor único, perfeito! Ela me completa e eu a ela, como sua fiel companheira.
Música é tudo aquilo que me faz arrepiar. Engraçado como eu sinto todo o meu corpo envolver quando a escuto. Sinto-me como marinheiros perdidos pelo canto da sereia. Está ai, um fato desvendado! Entendo perfeitamente como se perdiam, como não se inebriar com tal formosura?!
Se estou triste é nela em que me refugio, sua graciosidade, ou até mesmo a sua ferocidade me levanta, como se braços invisíveis me arqueassem e dissessem: Vamos menina, você pode ir além!
Não há um só instante em que eu não me perca em sua doçura.
Me questionam: Qual seu estilo de música favorito?
Paro, penso e lhes respondo: A que estiver em sintonia com a minha alma.
Comigo é assim, se me tocar profundamente sinto-me desnudada e imensurávelmente feliz.

Be Happy

Diáriamente temos o costume de murmurar durante breves acontecimentos que não nos agradam. Expomos isso a todo o tempo e esquecemos dos detalhes sutis que nos contentam.
Não existe nada melhor do que dormir em um dia chuvoso, ou até mesmo encontrar dinheiro no bolso quando nem sabia que tinha, quando recebe aquele olhar de desejo e se sente único na vida daquela pessoa que tanto ama, ouvir aquela musica que mais te marcou no momento certo, dormir e quando acordar sonolento e preguiçoso ver no relógio que ainda lhe resta um tempo a mais para cochilar, sentir aquele abraço gostoso depois de anos sem ver a pessoa querida...são tantos pequenos
acontecimentos que alegram a nossa alma !
Se nos cercamos apenas de pessoas e pensamentos felizes afastaremos tudo o que tem de ruim de nós !
Ser feliz é a única coisa que realmente importa na vida !

Patriotas?

Há muitos anos nos deparamos com a "indignação" de nossos compatriotas. Muitos de nós, cidadãos brasileiros, reclamam por diversos defeitos que assolam o país. Contudo o que é feito além de soltar pequenas lamúrias em uma conversa de compadres?
O brasileiro é conhecido por sua alegria, solidariedade, mesmo diante a todo problema que o cerca, entretanto são raríssimas as vezes em que vemos a luta por seus interesses.
É de conhecimento geral que muitos não sabem dos seus direitos e talvez este seja o cerne da questão e também de onde se deve partir à combate.
A televisão, infelizmente, é um meio de comunicação que atinge a maioria dos brasileiros e por isto deveria ser utilizada contra o sedentarismo de consciencia ética.
É possivel inserir este assunto em programas, novelas, minisséries e assim os brasileiros se questionarão e consequentemente acabarão notando que são meros coadjuvantes em sua própria vida.
Quem sabe assim, além de sermos conhecidos pelas qualidades citadas acima, também seremos conhecidos por verdadeiros patriotas.

sábado, 4 de setembro de 2010

Confesso


Mudar o País.
Desde menina tinha esse sonho, me parecia tão tangível, contudo hoje vejo que crianças vivem utopias. De que adianta a vontade, a força, o sonho, o desejo emitente se é tão solitário?
Assisti uma reportagem na qual, comediantes queriam não perder o direito de fazer piadas aos políticos. Fizeram um protesto, mobilizaram algumas tantas pessoas e conseguiram revogar a tal lei. Acho admirável ver que conseguiram se ver livres da censura, entretanto é só para isso que lutamos?
Existe tanta coisa ruim pelo Brasil que se fossemos patriotas, faríamos mais destas passeatas. Cadê os caras pintadas? Cadê as Diretas Já? Cadê cidadãos que lutam por um ideal de igualdade, de dignidade e de respeito?
Sabe o que eu vejo? Pessoas cômodas, um ócio mental terrível.
- Votem em mim – diz o político
- Me dá um quilo de farinha e eu voto doutor. – diz o eleitor.
Nos vendemos por tão pouco. Até um sorriso do político convence a grande maioria. Depois de um ano, ou menos, já nem sabemos mais em quem votamos. É uma falta de interesse pelo que é nosso que dá uma agonia grandiosa em mim, e nos tantos outros poucos que são seres pensantes.
Aquele sonho de menina, de ver um Brasil mais igualitário, confesso, ainda não deixei de querê-lo. Só queria que tantos outros partilhassem deste anseio também!